Entrevista: Alexandre Themístocles, promotor de justiça
Em um dos casos mais polêmicos em que já atuou, o promotor Alexandre Themístocles, da 6ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público, conversou no fim da tarde de ontem, depois de ouvir por quase duas horas o depoimento do jogador Adriano. Themístocles comentou a tranquilidade do atacante enquanto respondia às perguntas, a gravidade das provas contra o jogador e a foto em que Adriano faz ‘CV’ com as mãos.
1. O senhor está convencido de que Adriano repassou dinheiro para traficantes de drogas?
—Até agora o que temos são fortes indícios. No entanto, em depoimento, ele foi categórico ao negar que algum dia tenha dado dinheiro para qualquer traficante. Mas afirmou que, em algumas vezes em que estava na Vila Cruzeiro, o FB ou algum traficante mandado por ele já pediu dinheiro para ajudar a patrocinar festas na comunidade. A versão apresentada é que há sete anos ele e a mãe patrocinam festas de Natal e de Dia das Crianças na região, mas que o FB não sabia porque não é de lá. Porém, as doações sempre foram em cestas básicas e em brinquedos. Ele afirmou que nunca deu dinheiro.
>> Leia mais: Devassa nas contas do Imperador Adriano
2. Como o Adriano explicou as fotos publicadas por O DIA segunda-feira? Em uma delas ele posa segurando uma arma, aparentemente, de brinquedo e na outra, faz CV com as mãos.
—Ele disse que foi apenas uma brincadeira, que a arma era mesmo de brinquedo e que as fotos foram tiradas na casa dele, na Itália, em 2007. Sobre o CV, ele disse que significa mesmo Comando Vermelho, mas que não passa de brincadeira. E negou ter qualquer envolvimento com a facção.
1. O senhor está convencido de que Adriano repassou dinheiro para traficantes de drogas?
—Até agora o que temos são fortes indícios. No entanto, em depoimento, ele foi categórico ao negar que algum dia tenha dado dinheiro para qualquer traficante. Mas afirmou que, em algumas vezes em que estava na Vila Cruzeiro, o FB ou algum traficante mandado por ele já pediu dinheiro para ajudar a patrocinar festas na comunidade. A versão apresentada é que há sete anos ele e a mãe patrocinam festas de Natal e de Dia das Crianças na região, mas que o FB não sabia porque não é de lá. Porém, as doações sempre foram em cestas básicas e em brinquedos. Ele afirmou que nunca deu dinheiro.
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2. Como o Adriano explicou as fotos publicadas por O DIA segunda-feira? Em uma delas ele posa segurando uma arma, aparentemente, de brinquedo e na outra, faz CV com as mãos.
—Ele disse que foi apenas uma brincadeira, que a arma era mesmo de brinquedo e que as fotos foram tiradas na casa dele, na Itália, em 2007. Sobre o CV, ele disse que significa mesmo Comando Vermelho, mas que não passa de brincadeira. E negou ter qualquer envolvimento com a facção.
3.Como o Adriano se comportou durante o depoimento?
—Estava bastante calmo e respondeu a todas as perguntas sem rodeios. A única que não respondeu foi sobre a extorsão que teria sofrido por causa das fotos. Perguntei também se saberia identificar a pessoa que teria tentado extorquir dele (o dinheiro) e o que ela pediu. Mas ele respondeu que preferia não revelar porque sentia receio.
4. Há elementos para Adriano ser denunciado pelo Ministério Público?
—É preciso saber se a versão que ele apresentou em depoimento está em harmonia com o que foi apurado na interceptação telefônica e com o que ainda vai ser apurado com a quebra de sigilo bancário dele. É precipitado dizer se ele será denunciado ou se o caso será arquivado. No entanto, os fatos são gravíssimos e o colocam como suspeito.
—Estava bastante calmo e respondeu a todas as perguntas sem rodeios. A única que não respondeu foi sobre a extorsão que teria sofrido por causa das fotos. Perguntei também se saberia identificar a pessoa que teria tentado extorquir dele (o dinheiro) e o que ela pediu. Mas ele respondeu que preferia não revelar porque sentia receio.
4. Há elementos para Adriano ser denunciado pelo Ministério Público?
—É preciso saber se a versão que ele apresentou em depoimento está em harmonia com o que foi apurado na interceptação telefônica e com o que ainda vai ser apurado com a quebra de sigilo bancário dele. É precipitado dizer se ele será denunciado ou se o caso será arquivado. No entanto, os fatos são gravíssimos e o colocam como suspeito.