Depois de duas ausências, Adriano depõe em delegacia sobre suspeita de envio de dinheiro a traficante e afirma que doou cestas básicas.
Delegado diz que não há indícios contra o craque
Após dois dribles na polícia, Adriano, enfim, se apresentou no fim da tarde de ontem para depor na 38ª DP (Brás de Pina), que investiga a relação do jogador com traficantes do Complexo da Penha. Em apenas 45 minutos, o atacante deu sua versão para os R$ 60 mil que teriam sido entregues ao bando de Fabiano Atanásio da Silva, o FB, chefe do tráfico na Vila Cruzeiro, alegando ter doado cestas básicas. O delegado Luiz Alberto Andrade disse que, por enquanto, não há razão para indiciar o craque no inquérito 6.284/2009, de associação para o tráfico, e que não há empecilhos para o craque viajar domingo para a Itália.
A opinião do delegado diverge da avaliação do promotor Alexandre Themístocles. Ele afirmou, na quarta-feira, após ouvir Adriano por duas horas na 6ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público, que havia “fatos gravíssimos” e “fortes indícios” de que o jogador teria repassado dinheiro ao criminoso.
“Até agora não vi esses indícios graves. As explicações dele foram convincentes e necessárias. Por ora, não deve ser indiciado. Vamos progredir na investigação, mas até agora, pelo que obtemos, não cabe. Esse indiciamento, porém, não está descartado, pois vamos analisar outros elementos, outras provas técnicas, e tenho 60 dias para relatar o inquérito”, afirmou o delegado da 38ª DP.
Durante todo o dia de ontem, havia uma grande expectativa de que Adriano pudesse sair da delegacia indiciado. Intimado pela terceira vez na tarde de quarta-feira, ele foi avisado por seus advogados que seria conduzido até a unidade caso não aparecesse, nem que fosse no momento de seu embarque para a Itália, no domingo. Foi dado um prazo até 14h, mas o jogador só chegou às 16h45.
Novamente em seu Audi Q7 branco, o craque atraiu dezenas de fãs, que invadiram o pátio da delegacia. E mais uma vez Adriano entrou, acompanhado de dois advogados, sem falar com a imprensa.
Apesar de não ter indiciado o jogador ontem, a Polícia Civil vai dar sequência às investigações para saber se a versão apresentada por Adriano — de que não doou dinheiro para FB, e sim cestas básicas para a comunidade — é verdadeira. Ele afirmou que parte do dinheiro teria sido gasta com caridade e parte com gastos pessoais da mãe. “Ele diz que mantém um projeto social na favela há alguns anos, mas que prefere não dar publicidade a isso”, relatou Luiz Alberto Andrade.
A polícia vai tentar identificar quem foram essas pessoas que receberam as doações, quando elas foram feitas e através de quem.
Os investigadores querem ouvir outras pessoas antes da conclusão do inquérito. Um deles é o gerente do banco que, em 14 de dezembro, teria descontado o cheque do Imperador.
No início da semana, a 38ª DP havia pedido a quebra dos sigilos telefônico e bancário do craque. Na quarta-feira, o MP opinou favoravelmente à medida. Agora, a decisão está nas mãos do 26ª Vara Criminal, o que só deve ocorrer na semana que vem.
A opinião do delegado diverge da avaliação do promotor Alexandre Themístocles. Ele afirmou, na quarta-feira, após ouvir Adriano por duas horas na 6ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público, que havia “fatos gravíssimos” e “fortes indícios” de que o jogador teria repassado dinheiro ao criminoso.
“Até agora não vi esses indícios graves. As explicações dele foram convincentes e necessárias. Por ora, não deve ser indiciado. Vamos progredir na investigação, mas até agora, pelo que obtemos, não cabe. Esse indiciamento, porém, não está descartado, pois vamos analisar outros elementos, outras provas técnicas, e tenho 60 dias para relatar o inquérito”, afirmou o delegado da 38ª DP.
ATRASO
Durante todo o dia de ontem, havia uma grande expectativa de que Adriano pudesse sair da delegacia indiciado. Intimado pela terceira vez na tarde de quarta-feira, ele foi avisado por seus advogados que seria conduzido até a unidade caso não aparecesse, nem que fosse no momento de seu embarque para a Itália, no domingo. Foi dado um prazo até 14h, mas o jogador só chegou às 16h45.
Novamente em seu Audi Q7 branco, o craque atraiu dezenas de fãs, que invadiram o pátio da delegacia. E mais uma vez Adriano entrou, acompanhado de dois advogados, sem falar com a imprensa.
Polícia busca testemunhas
Apesar de não ter indiciado o jogador ontem, a Polícia Civil vai dar sequência às investigações para saber se a versão apresentada por Adriano — de que não doou dinheiro para FB, e sim cestas básicas para a comunidade — é verdadeira. Ele afirmou que parte do dinheiro teria sido gasta com caridade e parte com gastos pessoais da mãe. “Ele diz que mantém um projeto social na favela há alguns anos, mas que prefere não dar publicidade a isso”, relatou Luiz Alberto Andrade.
A polícia vai tentar identificar quem foram essas pessoas que receberam as doações, quando elas foram feitas e através de quem.
Os investigadores querem ouvir outras pessoas antes da conclusão do inquérito. Um deles é o gerente do banco que, em 14 de dezembro, teria descontado o cheque do Imperador.
No início da semana, a 38ª DP havia pedido a quebra dos sigilos telefônico e bancário do craque. Na quarta-feira, o MP opinou favoravelmente à medida. Agora, a decisão está nas mãos do 26ª Vara Criminal, o que só deve ocorrer na semana que vem.