quarta-feira, 23 de maio de 2012

Estado vende batalhão da Polícia Militar no Centro


Está aberta a temporada de liquidação de batalhões da PM. O primeiro negócio é uma verdadeira joia: o Quartel General (QG) da corporação, no coração do Centro do Rio, próximo à Lapa e à Cinelândia. O governo do estado confirmou que vai vender o QG à Petrobras por R$ 336 milhões. Na lista estão também os quartéis de Botafogo (2º BPM), Tijuca (6º BPM) e Leblon (23º BPM).

A desocupação do QG foi antecipada pela coluna ‘Informe do DIA’ na última quarta-feira, dia 16. O terreno, na Rua Evaristo da Veiga, mede 13,5 mil metros quadrados. A Petrobras não confirmou o negócio, mas o Palácio Guanabara, em nota oficial, informou que o QG será completamente demolido pela Empresa de Obras Públicas (Emop) e repassado à petroleira, que deverá erguer mais um arranha-céu no Centro. Pelo serviço de demolição, a Emop será paga pela Petrobras.

O objetivo do governo do estado é reduzir o efetivo aquartelado e aumentar em 20% o número de policiais nas ruas. A administração central da PM será transferida para o Batalhão de Choque, na Rua Salvador de Sá, no Estácio. De acordo com o governo, os recursos obtidos com a venda dos quartéis serão aplicados pela Secretaria de Segurança (Seseg) em equipamentos e capacitação da Polícia Militar.

Sobre novas bases para as tropas dos batalhões de Botafogo, Tijuca e Leblon, a Seseg informou que há projetos em desenvolvimento na Emop para a construção de sedes administrativas menores e mais modernas que os antigos quartéis.

O governo do estado informou ainda que o terreno do 23º BPM será usado até 2016 como canteiro de obras da Linha 4 do metrô. A região, uma das mais caras da Zona Sul, deverá valorizar ainda mais com a inauguração da Linha 4.

Deputado pede tombamento do QG

Os planos do governo de vender os batalhões da PM podem esbarrar na legislação. O deputado estadual Paulo Ramos (PDT) tem projeto de lei (número 1.342, de março passado) para o tombamento do QG. Para o parlamentar, a decisão precisa pelo menos ser discutida com a sociedade. Na Câmara dos Vereadores, desde 2009 tramita outro projeto de lei para tombar o imóvel.

“Como decidem vender um patrimônio histórico sem consultar todos os interessados? Fiz um requerimento de urgência para que o projeto de tombamento do prédio seja incluído na ordem do dia. O governo não foi eleito para destruir o patrimônio do estado”, questiona Ramos.

Segundo o projeto, o prédio do QG sediou o Corpo de Guardas Permanentes, que era comandado por Duque de Caxias, no período de 1832 a 1839. Em 10 de julho de 1865, partiram do local 510 oficiais e praças para lutar na Guerra do Paraguai, sob a denominação de 31º Corpo de Voluntários da Pátria.

Um outro terreno do estado na Rua Visconde de Albuquerque, no Leblon, com cerca de 5 mil metros quadrados, será vendido por cerca de R$ 100 milhões.

FONTE: http://odia.ig.com.br/portal/rio/estado-vende-batalh%C3%A3o-da-pol%C3%ADcia-militar-no-centro-1.444050


SAIBA MAIS SOBRE A HISTÓRIA DA PMERJ

No início do século XIX, como conseqüência da campanha Napolêonica de conquista do continente europeu, a Família Real portuguesa, juntamente com sua corte, decidem se mudar para o Brasil. Aqui chegando, a Corte instalou-se no Rio de Janeiro iniciando a reorganização do Estado no dia 11 de março de 1808, com a nomeação de Ministros.

A segurança pública na época era executada pelos chamados "quadrilheiros", grupos formados por “bons homens do Reino”, armados de lanças e bastões, responsáveis pelo patrulhamento das vilas e cidades da metrópole portuguesa, cujo modelo foi estendido ao Brasil colonial. Eles eram responsáveis pelo policiamento das 75 ruas e alamedas da cidade do Rio. Com a chegada dessa "nova população", os quadrilheiros não eram mais suficientes para fazer a proteção da Corte, então com cerca de 60.000 pessoas, sendo mais da metade escravos.

Em 13 de maio de 1809, dia do aniversário do Príncipe Regente, D. João VI criou a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia da Corte (DMGRP), sendo esta formada por 218 guardas com armas e trajes idênticos aos da Guarda Real Portuguesa. Era composta por um Estado-Maior, 3 regimentos de Infantaria, um de Artilharia e um esquadrão de Cavalaria. Seu primeiro comandante foi José Maria Rebello de Andrade Vasconcellos e Souza, ex-capitão da Guarda de Portugal. Como seu auxiliar foi escolhido um brasileiro nato, o Major de Milícias Miguel Nunes Vidigal.

A Guarda Real de Polícia, como ficou primeiramente conhecida a PMERJ teve participação decisiva em momentos importantes da história brasileira como, por exemplo, na Independência do país. No início de 1822, com o retorno de D. João VI a Portugal, começaram as articulações para tornar o Brasil um país independente. A Guarda Real de Polícia, ao lado da princesa D. Leopoldina e o ministro José Bonifácio de Andrade e Silva, manteve a ordem pública na cidade de forma coesa e fiel ao então príncipe D. Pedro, enquanto ele viajava às terras do atual estado de São Paulo.

Com a criação do Município Neutro da Corte (atual área do município do Rio de Janeiro) através do Ato Adicional de 1834, foi criada, no ano seguinte, na província, outra força policial denominada Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro, por ato do seu então presidente Dr. Joaquim José Rodrigues Torres com sede na cidade de Niterói (então capital fluminense), responsável pela área atual do interior e da baixada do atual Estado do Rio de Janeiro, que recebeu a alcunha de "Treme-Terra", uma alusão a força e a coragem dos membros daquela Corporação. Seu primeiro comandante foi o Capitão João Nepomuceno Castrioto.

Outro fato histórico que teve participação importante da Divisão Militar da Guarda Real de Polícia de Corte foi o conflito iniciado em 1865 contra o Paraguai. O Brasil formou com Uruguai e a Argentina a chamada Tríplice Aliança.

Na época, como o país não dispunha de um contigente militar suficiente para combater os quase 80 mil soldados paraguaios, o governo imperial se viu forçado, então, a criar os chamados "Corpos de Voluntários da Pátria". Em 10 de julho daquele ano, partiram 510 oficiais e praças do Quartel dos Barbonos da Corte, local onde hoje está o situado Quartel General da Polícia Militar. A este grupo foi dado o nome de "31º Corpo de Voluntários da Pátria", atual denominação do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da corporação.

A polícia que cuidava da então província do Rio de Janeiro, à exemplo do que aconteceu na Corte, também enviou contingente de 510 homens à Guerra do Paraguai, sob a designação de "12º Corpo de Voluntários da Pátria", sob o comando do Tenente-Coronel João José de Brito.

A participação destes grupos foi vitoriosa em todas as batalhas das quais tomou parte:Tuiuti, Humaitá, Esteiro Belaco, Estabelecimento, Sucubii, Lomas Valentinas, Itapirú, Angustura, Avaí e Cerro Corá.

Durante a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, a PMERJ foi a única Corporação policial a se fazer presente naquele momento, com suas tropas estacionadas no Campo de Santana, onde ficava a residência do Marechal Deodoro da Fonseca e o Quartel General do Exército, sede do movimento insurgente.

Em toda sua história, a PMERJ já teve 12 diferentes nomes somente na área da atual cidade do Rio de Janeiro:

Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro - 1835
Corpo de Guardas Municipais Permanentes - 1831
Corpo Municipal Permanente da Corte - 1842
Corpo Policial da Corte - 1858
Corpo Militar de Polícia da Corte - 1866
Corpo Militar de Polícia do Município Neutro - 1889
Regimento Policial da Capital Federal - 1890
Brigada Policial da Capital Federal - 1890
Força Policial do Distrito Federal - 1905
Brigada Policial do Distrito Federal - 1911
Polícia Militar do Distrito Federal - 1920
Polícia Militar do Estado do Guanabara - 1960


E 5 diferentes nomes na área do antigo estado:

Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro - 1835
Corpo Policial da Província do Rio de Janeiro - 1844
Corpo Policial Provisório da Província do Rio de Janeiro - 1865
Força Militar do Estado do Rio de Janeiro - 1889
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - 1920

Em 1960, a capital do país foi transferida para Brasília e a cidade do Rio de Janeiro, antigo Distrito Federal, passou a ter o nome de estado da Guanabara. Até então a instituição, que naquela cidade era denominada Polícia Militar do Distrito Federal, passou a ser chamada Polícia Militar do Estado da Guanabara (PMEG).

No restante do estado a corporação ganhou o nome de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro já no ano de 1920, porém com o acrônimo PMRJ. Em 1974, o Governo Federal decide reunir os dois estados através da Lei Complementar nº20, que determinava a fusão do Rio de Janeiro e da Guanabara em 15 de março de 1975. Ainda segundo essa lei, a nova unidade da federação receberia o nome de Estado do Rio de Janeiro e, conseqüentemente, fundir-se-ia, as duas Corporações policiais-militares. Surgiu então a corporação assim como a conhecemos hoje, com seu Quartel-General no antigo Quartel dos Barbonos, no Centro da cidade do Rio de Janeiro.

FONTE

http://www.policiamilitar2.rj.gov.br/historia.asp

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