O Ministério Público Estadual faz neste sábado atendimentos a moradores do Complexo do Alemão, na Zona Norte da cidade. Promotores de Justiça estão ajudando na mediação de conflitos, recebendo reclamações e dando orientações sobre temas como reconhecimento de paternidade. A ação ocorre dentro do Colégio Estadual Tim Lopes, na Estrada do Itararé, até as 16h.

Segundo o procurador-geral de Justiça do estado, Cláudio Lopes, o Ministério Público já faz atendimentos itinerantes como esse. A partir de agora, no entanto, o trabalho será intensificado com a aquisição de um ônibus, que vai permitir levar uma estrutura do Ministério Público a vários lugares do estado.

“Aqui no Complexo do Alemão até temos uma estrutura que podemos usar [uma escola estadual]. Mas queremos que o ônibus seja levado a lugares onde não há essa infraestrutura para atendimento, com computador, impressora, mesa, cadeira, ar-condicionado. A ideia é aproximar o Ministério Público da sociedade, apresentá-lo à sociedade”, explicou.

Entre as atividades desenvolvidas hoje no Complexo do Alemão, está a mediação de conflitos, como briga de vizinhos. Luiz Cláudio Araújo Soares, morador do Morro do Adeus, procurou o mutirão do Ministério Público porque a casa de sua companheira apresentou rachaduras, durante as obras de urbanização da favela, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“A gente não tem certeza se foi a obra do PAC. Mas a gente acredita que sim. Estão aparecendo rachaduras e parece que a casa está cedendo. A gente queria saber se isso realmente tem a ver com a obra do PAC. O Ministério Público documentou tudo e vai procurar [a equipe da obra do PAC] para poder ver a [situação da] casa direitinho”, disse.

Cristiane dos Santos, de 32 anos, procurou o Ministério Público para registrar, na certidão de nascimento de seu filho, de oito anos, o nome do pai, Fabiano Barreto. “A gente queria resolver isso no cartório mesmo. Mas a gente só falava, só falava e nunca resolvia. Aí soubemos desse evento e viemos para cá”, disse.

Fabiano Barreto, de 32 anos, conta que seu nome não constava na certidão do filho porque não tinha documentos de identidade quando o menino nasceu. “Eu não tinha documentos. Fui registrado depois de velho. Agora finalmente vou poder colocar meu nome na certidão do meu filho. Eu sempre quis isso”, disse.

As informações são da Agência Brasil

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