sexta-feira, 10 de julho de 2009

Curiosidades Jurídicas


ONDE SURGIU A PRIMEIRA MULHER ADVOGADA?

É interessante, para nós estudantes mulheres de Direito e também para as mulheres em geral, ter o conhecimento de nossas primeiras representantes nas profissões e órgãos de atuação na sociedade.

Na área do Direito, por exemplo, sabemos que Roma foi o esplendor e base para os ordenamentos ocidentais, pois foi da prática romana que legamos muitos de nossos institutos jurídicos.

E é lá em Roma que a primeira advogada surgiu, como não poderia ser diferente, e o seu nome era Carfânia.

Nos textos históricos latinos, Carphania ( grafia em latim ), aparece como uma advogada apaixonada, ou seja, ela defendia as suas causas com empenho, com emoção, e, por causa disso, não era muito bem vista pelos juristas da época, haja vista que a mulher não possuia liberdade para exercer muitos papéis na sociedade.

Percebe-se que Roma e os romanos eram muito preconceituosos quanto à presença das mulheres como juristas nos foruns.

Porém, independentemente dos preconceitos que enfrentava, Carfânia não se deixou influenciar negativamente, antes continuou em sua batalha pelo Direito.

Vemos, assim, que nossa vanguardista Carfânia é uma figura exemplar para todas nós, pois já naquela época mostrava para a sociedade que a mulher tem valores e capacidade para exercer profissões que são vistas como predominantemente masculinas.

Desse modo, é motivo de orgulho saber que nossa classe, desde os primórdios do Direito, já contava com a representação de uma moça corajosa, inteligente e pronta a enfrentar o preconceito e as barreiras no mundo jurídico.

Será que hoje não há ainda muitas Carfânias por aí? será que o preconceito contra a mulher jurista acabou? Independentemente da resposta para você, o importante é ter a coragem e a dignidade de Carfânia, que, apesar de todos os obstáculos, não deixou de entrar para a história como a primeira advogada de que se tem notícia!

Texto elaborado por Camila de Camargo Silva Venturelli- graduanda em Direito pela USP - Fonte: Site Aldeia Juridica


QUANDO E ONDE SURGIU O CHEQUE?

A doutrina comercialista,afirma que mesmo sendo intimamente diferentes e inconfundíveis,o cheque e a letra de câmbio tem origem comum. De certo que tal título,remonta da Idade Média, principalmente na Itália,Inglaterra e França,sendo na Itália emergente com o desenvolvimento dos bancos de depósito,os quais tinham por função a guarda de valores. Tais bancos emitiam certificados,através dos quais outorgavam aos seus clientes o direito de dispor dos valores consignados para si ou para terceiros. Na Inglaterra,o cheque teve mais propício ambiente para seu desenvolvimento,sendo através dele que a nobreza inglesa expedia ordens de pagamento aos seus tesoureiros. Na França,onde se praticava o uso de recibos de depósito,embrião do cheque,ocorreu a primeira regulamentação deste instituto,através da Lei de 14 de julho de 1865,complementada depois pela Lei de 19 de fevereiro de 1874.

No Brasil,tivemos a omissão do legislador, sobre tal instituto na edição do Código Comercial, somente tendo alguma regulamentação na Lei Nº.1.083 de 1860,que regulamentou os bancos e meio circulante. Com efeito foi pois,na Lei Nº..149-B de 1893,que houve a primeira vez a denominação cheque,para identificar o título em estudo,sendo que,já se havia utilizado tal expressão no Decreto Nº.917 de 1890,primeira Lei de Falências editada,porém sem regulamentação.

Daí,tivemos várias leis regulamentadoras do instituto cheque,chegando na atualidade a sedimentação legislativa através da Lei 7.357/85,que além de incorporar as normas da Lei Uniforme de Genebra,regulamentou as lacunas deixadas pelas reservas opostas pelo nosso Governo a Convenção de Genebra.

Fonte:Dr.Humberto B.N.Machado Júnior


QUE ATÉ 1983 HAVIA ADVOGADOS DO DIABO?

Antigamente, durante o processo de canonização pela Igreja Católica havia um Promotor da Fé (Latim Promotor Fidei), e um Advogado do Diabo (Latim advocatus diaboli), papéis desempenhados por advogados nomeados pela própria Igreja. O primeiro apresentava argumentos em favor da canonização o segundo fazia o contrário, ou seja, argumentava contra a canonização do candidato; era seu dever olhar sem paixões o processo, procurando lacunas nas provas de forma a poder dizer, por exemplo, que os milagres supostamente feitos eram falsos, etc.

O ofício de Advogado do Diabo foi estabelecido em 1587 e foi abolido pelo Papa João Paulo II em 1983. Isto causou uma subida dramática no número de indivíduos canonizados: cerca de 500 canonizados e mais de 1300 beatificados a partir desta data, enquanto apenas houvera 98 canonizações no período que vai de 1900 a 1983. Isto sugere que os Advogados do Diabo, de fato, reduziam o número de canonizações. Alguns pensam que terá sido um cargo útil para assegurar que tais procedimentos não ocorressem sem causa merecida, e que a santidade não era reconhecida com muita facilidade.Remover formatação da seleção

DE ONDE SURGIU O TERMO "VARA" EMPREGADO NO PODER JUDICIÁRIO?

O termo "Vara" atualmente é uma divisão na estrutura judiciária que corresponde à lotação de um juiz. No Brasil, durante o período Colonial , Portugal adotou uma unidade político-administrativa baseada no modelo da República Romana, com a criação da Câmara Colonial.

Os dois juízes ordinários, eleitos anualmente, alternavam-se no cargo de presidente da Câmara. Suas atribuições consistiam em distribuir justiça aos povos, sendo definidos como juiz mais velho e juiz mais moço e, segundo as Ordenações Filipinas

“ os juízes ordinários e outros que Nós de fora mandarmos, devem trabalhar, que nos lugares e seus termos, onde forem Juizes, se não façam malefícios, nem malfeitorias. E fazendo-se, provejam nisso procedendo contra os culpados com diligência (Ordenações Filipinas, Livro I, título LXV, p. 134).”

Estes magistrados diferiam essencialmente dos chamados “juízes de fora” que, conforme mencionado no parágrafo acima, eram enviados pelo rei às Vilas. Os juizes ordinários, praticavam uma modalidade de justiça baseada no Direito Consuetudinário ou de Costumes, nem sempre do agrado do poder real, razão pela qual foram instituídos os Juízes de Fora. Segundo Almeida,

“os juízes ordinários eram independentes da realeza e a legislação que executavam estava fora do alcance do mesmo poder, e só o costume poderia alterá-la. Ali o predomínio da chicana eram impossível pois todos conheciam a legislação e o arbítrio do juiz expirava com o anno. (Almeida, 1870, nota 2, p. 134. In: Ordenações Filipinas, Liv. 1)”

Os juízes de fora, instruídos no Direito Romano, legislação que favorecia em muito os reis e por eles preferidos, acabaram por ser impostos a todas as Vilas, restringindo paulatinamente a jurisdição dos juízes da Câmara. O símbolo da autoridade dos juízes ordinários e magistrados era a vara que deviam portar obrigatoriamente, de acordo com o título LXV, § 1:

“E os juízes ordinários trarão varas vermelhas e os juízes de fora brancas continuadamente, quando pella Villa andarem, sob pena de quinhentos réis, por cada vez, que sem ella forem achados”. (Ordenações Filipinas, Liv. 1, p. 135).

A função da insígnia era tornar visível a autoridade de seu portador e assegurar a imediata obediência a suas ordens. Esta simbologia permanece nos dias de hoje na designação das divisões do poder judiciário, denominadas “varas”, e em expressões tais como “conduzido debaixo de vara”, significando “forçado pela autoridade judicial”. Bluteau dá a etimologia da palavra vereador como sendo da mesma raiz do verbo ver, mas também levanta a hipótese de que possa ter se originado da palavra “vara”, em função da existência da variante “vareador” para o vocábulo. O mesmo autor se refere ainda ao uso do fasces romano, descrevendo-o como um feixe de varas com um machado em seu interior, atado por correias, conduzidos por lictores, que eram executores da justiça dispensada pelos magistrados. Os condenados eram açoitados com as varas, amarrado com as correias e decapitado com o machado.


Fonte: Memorial Colonial - http://cmop.mg.gov.br/



Quinta-feira, 17 Setembro, 2009

Professora é presa por pagar faxina com maconha e bebida

Uma professora norte-americana foi presa no estado de Illinois depois de oferecer maconha e bebidas alcoólicas como pagamento para duas alunas limparem sua casa.

O pai de uma das jovens foi à polícia informar que sua filha de 14 anos havia ido recentemente à casa da professora Kym A. Krocza, de 41 anos, onde ingeriu bebidas alcoólicas e fumou maconha.

A investigação policial acabou revelando que uma outra estudante de 14 anos também bebeu e usou a droga na casa da professora de matemática. Além de suspensa do colégio onde dá aulas, Kym foi levada para a cadeia e a Justiça estipulou sua fiança em cerca de R$ 90 mil.


Segunda-feira, 14 Setembro, 2009

Demitida pro ser 'sexy demais' ganhou ação na Justiça

Demitida de uma prisão em Brinsford, na Inglaterra, por ser considerada "sexy demais", a ex-funcionária Amitjo Kajla, 22 anos, ganhou nesta segunda-feira (14) uma ação na Justiça.

O tribunal considerou a demissão injusta e condenou a prisão por discriminação sexual. "Estou muito feliz com a decisão do tribunal", afirmou Amitjo, destacando que ela era vista como uma mulher fraca, que podia ser intimidada.

Amitjo Kajla, que teve o contrato rescindido pela prisão em 21 de maio, disse que os colegas faziam da vida dela um inferno, com comentários maldosos de que ela usava muita maquiagem, que suas roupas eram muito reveladoras e ainda a chamavam de "garotinha idiota".

Amitjo já havia trabalhado em outra prisão e nunca tinha tido problemas.


Sexta-feira , 11 Setembro, 2009

Jovem é preso por obrigar gato a inalar fumaça de maconha


O adolescente britânico Mark Kane, 19 anos, foi condenado pela Justiça por ter roubado um gato e forçado o animal a inalar fumaça de maconha depois de prendê-lo em um saco.

JustificarO ataque foi filmado por um telefone celular e o vídeo enviado à Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade aos Animais, que o denunciou à Justiça.

Durante o processo, Kane admitiu provocar sofrimento desnecessário no animal. Ele foi condenado a uma pena condicional de três meses de prisão, suspensa por dois anos, além da proibição à criação de animais por dez anos. O jovem também pagará uma multa de 100 libras (cerca de R$ 300) para cobrir os custos do processo.



Itália decide que sexo com camisinha é motivo para anular o casamento

Suprema Corte de Justiça do país ratificou decisão do Vaticano.
Em 2005, Igreja anulou casamento porque casal fez sexo seguro.
A Justiça da Itália decidiu que fazer sexo com preservativo (camisinha) pode ser utilizado como motivo para anular o casamento, de acordo com reportagem do jornal italiano "Il Messaggero".

A Suprema Corte de Justiça do país ratificou uma decisão do Vaticano, que, em 2005, anulou o casamento de um casal identificado como Fabio N. e Elizabeth T., porque eles fizeram sexo seguro.

A Suprema Corte negou provimento ao recurso de Elizabeth, que contestava a anulação de seu casamento com Fabio.

Segundo a mulher, eles tinham feito sexo protegido para evitar que o marido, que sofre da "Síndrome de Reiter", transmitisse a doença para um futuro filho.

Mas, para a Igreja, as práticas que excluem a procriação podem invalidar o casamento religioso.

Mas, para Elizabeth, esse ponto de vista "contrasta com a proteção da saúde tanto da mulher quanto da criança".

Português de 67 anos corta o dedo na frente da juíza

Idoso protestou contra a execução judicial de um terreno.
Sindicato criticou a falta de segurança nos tribunais portugueses.


O português Orico Santos, de 67 anos, entrou no gabinete da juíza Cristina Oliveira, no Tribunal Judicial da Figueira da Foz (Portugal), e cortou o dedo indicador da mão esquerda na frente da magistrada após ficar insatisfeito com uma decisão, segundo o jornal português "Diário de Notícias".


Após ficar irritado com a decisão da juíza Cristina Oliveira, o idoso, que mora em Buarcos, "tirou da pasta uma faca de 17 centímetros" e desferiu "dois golpes no dedo indicador da mão esquerda", deixando na mesa pequenas partes de seu dedo.

Santos tinha ido ao tribunal para "protestar contra a execução judicial de um terreno". Mas, "insatisfeito" com a posição da juíza, ele resolveu se automutilar no gabinete da magistrada. O homem foi levado ao Hospital Distrital da Figueira da Foz.


O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Fernando Jorge, criticou a falta de segurança nos tribunais portugueses. "Todos os tribunais deveriam ter, pelo menos, uma porta para detectar metais", afirmou ele ao jornal "Correio da Manhã".

Após divórcio, médico pede de volta rim que doou à ex-mulher

Richard Batista acusa a ex-mulher de impedi-lo de ver seus filhos.
Batista disse que doou o rim a Dawnell Batista em junho de 2001.

O médico de Long Island (EUA) Richard Batista, que mantém uma prolongada disputa de separação com Dawell Batista, quer que a ex-mulher devolva o rim que ele doou para ela ou pague uma compensação financeira de US$ 1,5 milhão.


Batista disse à imprensa, no escritório de seu advogado em Long Island, que decidiu tornar pública sua demanda porque se sente frustrado diante da demora do divórcio, que se arrasta há quase quatro anos.

Batista acusa a ex-mulher de impedi-lo de ver seus filhos, que têm 8, 11 e 14 anos de idade, algumas vezes durante meses inteiros. "Este é meu último recurso. Não queria fazê-lo de maneira pública", disse o médico.

Batista disse que doou o rim a Dawnell Batista, de 44 anos, em junho de 2001. A mulher entrou com pedido de divórcio em julho de 2005. Segundo Dominick Barbara, advogado de Batista, a ex-mulher começou uma relação extraconjugal entre 18 meses e dois anos após receber o transplante de rim.

Douglas Rothkopf, advogado que representa Dawnell Batista, não quis comentar as exigências de Richard Batista. Porém outros advogados acreditam ser difícil que ele tenha êxito em seu pedido.

"Estou neste negócio há mais de 40 anos e nunca havia ouvido algo parecido", disse Seymour J. Reisman, um advogado de Long Island, que é especialista em divórcios. "Não se trata de uma propriedade conjugal ou de um bem conjugal", afirmou Reisman.