'O voto é como espada de São Jorge contra maus políticos'
Padre de Quintino alerta devotos para agir com rigor na hora de escolher seus candidatos. Mais de 300 mil fiéis lotaram as principais paróquias dedicadas ao santo no Rio
Milhares de devotos de São Jorge renderam homenagens ontem ao Santo Guerreiro em várias comunidades, sobretudo no Centro e em Quintino, na Zona Norte. Só nessas duas paróquias, mais de 300 mil pessoas assistiram a missas e participaram de procissões. Em Quintino, na primeira celebração, o pároco Marcelino Modelski alertou os fiéis a usar as urnas para extirpar os maus políticos. O sacerdote afirmou que “o voto é como a espada de São Jorge”.
“Devemos usar o voto como a espada de São Jorge para fazer uma faxina, eliminando maus políticos”, recomendou Modelski, que há 2 anos denunciou a interferência de milicianos na Festa de São Jorge. Após a missa das 10h, celebrada pelo arcebispo Dom Orani João Tempesta, o padre criticou o poder público, que não dá segurança a moradores dominados por paramilitares: “Não é só com a milícia (que as comunidades sofrem), mas também com a malícia do poder público, que não garante proteção e uma vida digna para todos”.
Pelo menos 150 homens do 9º BPM (Rocha Miranda), da Guarda Municipal e agentes da Secretaria de Ordem Pública reforçaram a segurança em Quintino. Dom Orani endossou as críticas de Modelski: “O voto realmente é a arma que o povo tem para escolher bem seus candidatos. Ele pode servir como espada para impedir, por exemplo, o avanço da fome, da miséria, dos deslizamentos de terra”, afirmou o arcebispo, que acompanhou as homenagens ao Santo Guerreiro em cinco paróquias. Dom Orani participou de missas, se misturou aos fiéis, acompanhou uma motociata e assistiu a uma peça de teatro na Paróquia da Ressurreição, em Ipanema. Foi a primeira vez que um arcebispo do Rio prestigiou a Festa de São Jorge.
No Centro, mais 160 mil fiéis foram à Igreja de Irmandade de São Gonçalo Garcia e São Jorge, na Praça da República. Um dos fiéis na missa das 5h era o cantor e compositor Jorge Ben Jor: “Eu venho aqui desde os 5 anos de idade. São Jorge é meu guia e protetor”.
Seja para agradecer graças alcançadas ou pedir bênçãos, socorro para curas ou soluções de problemas, devotos de São Jorge deram demonstrações de fé por toda a cidade. A modelo Kettilyn Andrade, 30, e o marido, o policial civil Marcelo Rocha, 38, foram a Quintino agradecer por suas vidas.
“Cortei o pulso direito num acidente e cheguei ao hospital com 5% de chance de vida. São Jorge me salvou”, acredita Kettilyn. Já Marcelo sobreviveu a uma tentativa de assalto no bairro da Lapa, em que foi alvejado com cinco tiros, um no pulmão e outro a poucos centímetros do coração. “Não fosse São Jorge, não estaria aqui hoje (ontem)”, afirma.
Chorando muito, Valquíria Gonçalves Simões, 67, foi pedir ao Santo Guerreiro que a livre de um provável câncer no intestino. “O resultado de exames sairá em maio. Só São Jorge pode me salvar!”, desabafou.
Já o bancário Marcelo Maia, 33, levou uma imagem de São Jorge de 10 quilos para Dom Orani João Tempesta benzer. “Tudo de bom que tem acontecido na minha vida e na da minha família, devo ao meu Santo Guerreiro”, assegurou.
Bem-humorado, o arcebispo Dom Orani João Tempesta surpreendeu os fiéis ao percorrer cinco comunidades, no Centro, Quintino, Arpoador, Copacabana e Santa Cruz. Sorridente, distribuiu abraços, tirou fotos com fiéis e dispensou o carro em vários momentos.
“Quando assumi a Arquidiocese (em fevereiro de 2009), disse que faria exatamente isso. Quero conhecer as pessoas, saber onde elas estão, dialogar”, afirmou Tempesta, que saiu de casa às 3h30 para celebrar a missa das 5h na paróquia do Centro e só retornou à noite.
“Devemos usar o voto como a espada de São Jorge para fazer uma faxina, eliminando maus políticos”, recomendou Modelski, que há 2 anos denunciou a interferência de milicianos na Festa de São Jorge. Após a missa das 10h, celebrada pelo arcebispo Dom Orani João Tempesta, o padre criticou o poder público, que não dá segurança a moradores dominados por paramilitares: “Não é só com a milícia (que as comunidades sofrem), mas também com a malícia do poder público, que não garante proteção e uma vida digna para todos”.
Pelo menos 150 homens do 9º BPM (Rocha Miranda), da Guarda Municipal e agentes da Secretaria de Ordem Pública reforçaram a segurança em Quintino. Dom Orani endossou as críticas de Modelski: “O voto realmente é a arma que o povo tem para escolher bem seus candidatos. Ele pode servir como espada para impedir, por exemplo, o avanço da fome, da miséria, dos deslizamentos de terra”, afirmou o arcebispo, que acompanhou as homenagens ao Santo Guerreiro em cinco paróquias. Dom Orani participou de missas, se misturou aos fiéis, acompanhou uma motociata e assistiu a uma peça de teatro na Paróquia da Ressurreição, em Ipanema. Foi a primeira vez que um arcebispo do Rio prestigiou a Festa de São Jorge.
No Centro, mais 160 mil fiéis foram à Igreja de Irmandade de São Gonçalo Garcia e São Jorge, na Praça da República. Um dos fiéis na missa das 5h era o cantor e compositor Jorge Ben Jor: “Eu venho aqui desde os 5 anos de idade. São Jorge é meu guia e protetor”.
Demonstrações de fé e gratidão sem limites
Seja para agradecer graças alcançadas ou pedir bênçãos, socorro para curas ou soluções de problemas, devotos de São Jorge deram demonstrações de fé por toda a cidade. A modelo Kettilyn Andrade, 30, e o marido, o policial civil Marcelo Rocha, 38, foram a Quintino agradecer por suas vidas.
“Cortei o pulso direito num acidente e cheguei ao hospital com 5% de chance de vida. São Jorge me salvou”, acredita Kettilyn. Já Marcelo sobreviveu a uma tentativa de assalto no bairro da Lapa, em que foi alvejado com cinco tiros, um no pulmão e outro a poucos centímetros do coração. “Não fosse São Jorge, não estaria aqui hoje (ontem)”, afirma.
Chorando muito, Valquíria Gonçalves Simões, 67, foi pedir ao Santo Guerreiro que a livre de um provável câncer no intestino. “O resultado de exames sairá em maio. Só São Jorge pode me salvar!”, desabafou.
Já o bancário Marcelo Maia, 33, levou uma imagem de São Jorge de 10 quilos para Dom Orani João Tempesta benzer. “Tudo de bom que tem acontecido na minha vida e na da minha família, devo ao meu Santo Guerreiro”, assegurou.
Maratona do arcebispo do Rio começou às 3h30
Bem-humorado, o arcebispo Dom Orani João Tempesta surpreendeu os fiéis ao percorrer cinco comunidades, no Centro, Quintino, Arpoador, Copacabana e Santa Cruz. Sorridente, distribuiu abraços, tirou fotos com fiéis e dispensou o carro em vários momentos.
“Quando assumi a Arquidiocese (em fevereiro de 2009), disse que faria exatamente isso. Quero conhecer as pessoas, saber onde elas estão, dialogar”, afirmou Tempesta, que saiu de casa às 3h30 para celebrar a missa das 5h na paróquia do Centro e só retornou à noite.