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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Aeronáutica define regras para pilotos que avistarem OVNIS

O Diário Oficial da União publicou decreto dizendo o que a Força Aérea Brasileira deve fazer no caso de ser avisada sobre OVNIS, objetos voadores não identificados.
Comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito: portaria para processar relatos sobre OVNIS.

No cinema eles são os astros principais. Drama ou comédia, não há quem resista. Nas ruas extraterrestres e discos voadores dividem opiniões. Eles existem ou não? Para a Força Aérea Brasileira, o assunto é tratado com seriedade.

O comando da Aeronáutica publicou no Diário Oficial da União as regras que deverão ser seguidas por pilotos quando o assunto for objetos voadores não identificados.

Tudo que for visto, fotografado ou filmado na imensidão do céu brasileiro (8,5 milhões de quilômetros quadrados ou 34 vezes o tamanho do Reino Unido) e nos 13,5 milhões de quilômetros quadrados sobre o mar nacional será catalogado, copiado e encadernado. O material vai ficar arquivado no Centro de Documentação e Histórico da Força Aérea (Cendoc), no Campo dos Afonsos, na Zona Oeste.

De quando em quando e sem prazo definido, a Aeronáutica vai encaminhar os documentos originais sobre os Ovnis do Cendoc para o Arquivo Nacional, com unidades no Rio e em Brasília. Será nestas unidades que o material poderá se consultado por pesquisadores e demais interessados em relatos sobre seres extraterrestres (ETs) e discos voadores.

Os registros deverão ser encaminhados ao Arquivo Nacional. Tudo isso para que nada fique encoberto em mistério.

Quatro mil páginas com inúmeros casos vistos ou investigados por militares já estão no Arquivo Nacional. São fenômenos que ocorreram entre as décadas de 1940 e 1980.

Para o ufólogo Fernando Ramalho, a Aeronáutica ainda precisa mandar documentos das décadas de 1990 e 2000. Ele diz que as provas mais contundentes ainda não foram reveladas. "Filmagens de objetos voadores, por exemplo, de 100 metros de diâmetro, com vigias, com seres dentro dessas vigias".

Fernando faz parte de uma comissão de estudiosos que ouviu do Ministério da Defesa a garantia de que até o fim deste mês, todos os documentos estarão liberados para consulta pública. O ufólogo faz uma previsão sobre quando faremos contato.


"Eu creio que em menos de 50 anos nós poderemos ter sim um encontro entre civilizações evoluídas que nos visitam e os seres humanos terrestres. Por que não?", pergunta.


FAB NÃO PASSARÁ A PROCURAR OVNIS

Assinada pelo respeitado e discreto comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, a Portaria 551/GC3, com data de 9 de agosto, ressalva que caberá à Força Aérea apenas registrar os relatos, em formulário próprio.

Em nota oficial encaminhada a O DIA, a Força Aérea deixou claro que não passará a procurar Ovnis nos céus do Brasil. “Cabe ressaltar que o Comando da Aeronáutica não dispõe de uma estrutura especializada para realizar investigações científicas a respeito desses fenômenos aéreos, restringindo-se ao registro de ocorrências e ao seu trâmite para o Arquivo Nacional”, informou a Força na nota encaminhada pelos oficiais do centro de comunicação social, destacando que a meta é oferecer “à sociedade acesso” a documentação que for registrada na Aeronáutica.


12.800 HOMENS DE OLHO NOS CÉUS

Tal documentação não deve ser desprezada. Apenas no Sistema de Controle do Espaço Aéreo estão mobilizadas 12.800 pessoas, todas com olhar sobre os céus do Brasil. Somam-se a esse grupo pilotos dos voos comerciais, dos voos militares, das ações de ensaio de voo, os encarregados pelo lançamentos de sondas e foguetes e até os militares empenhados nos treinamento de tiros antiaéreos.

Para esse grupo, a portaria surpreendeu por dar transparência ao processo de registro e se comprometer a torna-los públicos e à disposição da sociedade civil. “Documento reservado da FAB já dava orientações para o pessoal militar de como registrar os casos aparição de de objetos voadores não identificados, mas não se falava em envio para o Arquivo Nacional”, explicou militar lotado no controle de tráfego aéreo. “Internamente há relatos de ministros e até de um presidente que viu um Ovni”, acrescenta um controlador aéreo civil, que trabalha no Rio de Janeiro.

“Essa portaria vem com um atraso de seis décadas. Data dos anos 50 o Projeto Livro Azul, do governo norte-americano, com esse mesmo propósito: registrar casos de discos voadores”, avalia oficial superior da FAB. “Mas aqui, como lá, o simples fato de colher registros não representará uma prova de existência extraterrestre”, completa.


Nos anos 70, relatos de ataque ET no Pará

Entre setembro e dezembro de 1977, oficiais da Força Aérea realizaram buscas no município paraense de Vigia, em plena selva amazônica, depois que moradores da região relataram ter sido atacados por supostas naves extraterrestres, cujos raios luminosos causavam queimaduras de 1º grau, tonturas, dor de cabeça e tremores, além de sugar-lhes o sangue — o fenômeno conhecido como ‘chupachupa’. 
A Operação Prato colheu relatos de 130 avistamentos de Ovnis, por militares e civis, além de 500 fotografias e 16 horas de filmagem. Em 1997, meses antes de morrer, o coronel Uyrangê Lima, que chefiou a operação, deu entrevistas em que confirmava ter visto Ovnis do tamanho de um avião.



Cidade mineira foi palco de mistério em 1996

NOITE DOS OVNIS: Em 19 de maio de 1986, caças da FAB tentaram interceptar objetos não identificados que sobrevoavam os céus do Rio e de São Paulo. Pelo menos 21 objetos foram captados pelos radares e alguns chegaram a ser acompanhados pelos caças.Segundo testemunhos de pilotos da missão, os Ovnis voavam a velocidades de 250 a 1.500 km/h. O episódio ficou conhecido como ‘A Noite Oficial dos Ovnis’.

ET DE VARGINHA: Em 20 de janeiro de 1996, bombeiros da cidade mineira foram acionados para capturar duas criaturas que haviam sido vistas num parque e teriam aparência ‘estranha’, com olhos grandes e vermelhos, pele marrom e protuberâncias na cabeça. Após capturados, os ‘bichos’ teriam sido levados para a Escola de Sargentos do Exército, que não tece comentário sobre o caso.